sábado, 16 de junho de 2007

Ódio...



Ódio…
Ódio profundo…

Dilacera-me por dentro,
Desenrolando uma batalha na minha mente.
Sinto repulsa de mim mesma,
Aversão por tudo o que se me relaciona.

Ódio…
É insuportável observar a alegria,
Ouvir a felicidade,
Sentir o contentamento.
Ter vontade de chorar pela sorte dos outros,
Mas não poder.

Ódio…
Este veneno não me abandona,
Pelo contrário,
Contamina todo o meu ser,
Mas é ele que me dá forças para continuar,
Que me dá alento para prosseguir o meu caminho.

Ódio…
Não conseguirei aguentar muito mais,
A aversão aumenta a cada instante,
E assim continuará,
Até já não restar mais nada para odiar,
A minha pequena prisão,
E assim tudo terminará,
Envolto em trevas.
Ódio…

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